Realizamos todas as etapas do Gerenciamento de Áreas Contaminadas em concordância com a Lei nº 13.577/2009 e procedimentos descritos no Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas e Decisão de Diretoria nº 038/2017/C da CETESB. Além disto, seguimos todas as Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) relativas à estudos de Passivos Ambientais.
Avaliação Preliminar: Ferramenta de avaliação realizada com base no levantamento histórico de uso e ocupação da área de estudo, a fim de identificar o desenvolvimento de atividades e/ou situações ambientais potencialmente contaminantes ao longo do tempo.
Segundo a DD 38/17, a Avaliação Preliminar tem o objetivo de “caracterizar as atividades desenvolvidas em desenvolvimento na área sob avaliação, identificar as possíveis áreas fonte e as fontes potenciais de contaminação (ou mesmo fontes primárias de contaminação) e constatar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação, embasando sua classificação como Área Suspeita de Contaminação e orientando a execução das demais etapas do processo de Gerenciamento de Áreas Contaminadas.” Os resultados da Avaliação Preliminar permitem o estabelecimento do Modelo Conceitual Inicial da área de estudo, que será utilizado ao longo de todo o processo de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Portanto, quanto melhor a qualidade das informações históricas levantadas e o conhecimento do responsável técnico acerca dos processos desenvolvidos na área de estudo, mais assertivo e consistente será o Modelo Conceitual inicial. Modelos conceituais com muitas incertezas dificultam a elaboração do Plano de Investigação Confirmatória e podem onerar esta etapa pois os escopos investigativos tem que ser muito mais amplos.
Investigação Confirmatória: A etapa de Investigação Confirmatória tem como objetivo principal confirmar ou não a existência de contaminação na área avaliada, por meio da investigação de todas as fontes potenciais e primárias de contaminação identificadas na etapa de Avaliação Preliminar, e como objetivo adicional a obtenção de dados iniciais necessários à caracterização do meio físico.
Investigação Detalhada: A etapa de Investigação Detalhada tem como objetivo caracterizar o meio físico onde se insere a Área Contaminada sob Investigação, determinar as concentrações das substâncias químicas de interesse nos diversos meios avaliados, definir tridimensionalmente os limites das plumas de contaminação, quantificar as massas das substâncias químicas de interesse, considerando as diferentes fases em que se encontram, caracterizar o transporte das substâncias químicas de interesse nas diferentes unidades hidroestratigráficas e sua evolução no tempo e caracterizar os cenários de exposição necessários à realização da etapa de Avaliação de Risco.
Avaliação de Risco: Os objetivos da Avaliação de Risco são caracterizar a existência de risco aos receptores identificados, expostos e potencialmente expostos às substâncias químicas de interesse presentes na Área Contaminada sob Investigação e decidir sobre a necessidade de implementação de medidas de intervenção.
Modelagem Matemática de Fluxo e Transporte: A modelagem matemática deverá ser empregada para simular o comportamento temporal da contaminação, possibilitando a verificação de alterações nos cenários de exposição, e prever a potencial alteração da qualidade de recursos hídricos superficiais e subterrâneos, assim como definir a necessidade de adoção de medidas de intervenção. No caso da verificação da ultrapassagem dos padrões legais aplicáveis para os compartimentos atingidos, a modelagem deverá contemplar o transporte tridimensional das substâncias químicas de interesse, assim como os efeitos de retardamento, a influência de eventual bombeamento de poços de captação e outras interferências.
Remediação Ambiental: A etapa de Remediação consiste na aplicação de diversas técnicas na área de estudo com o objetivo de reduzir à níveis aceitáveis as concentrações das substâncias químicas de interesse encontradas nos compartimentos investigados. Baseado nas informações obtidas com as etapas de investigação anteriores, como as substâncias envolvidas, meios impactados, extensão e volume da área contaminada, bem como a meta de remediação calculada. Com o objetivo de identificar a melhor técnica de remediação a ser empregada na área em questão, um estudo de viabilidade será desenvolvido visando a relação entre custo, eficiência e sustentabilidade.
- SVE – Sistema de Extração de Vapores - MPE – Sistema de Extração Multifásica - Oxidação Química in situ - Bombeamento e Tratamento - Remoção e Tratamento (in situ ou ex situ) - Air Sparging (Injeção de Ar) - Biorremediação - Barreira Reativa
Monitoramento Ambiental: O monitoramento ambiental é um processo de coleta de dados, estudo e acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, com o objetivo de identificar e avaliar – qualitativa e quantitativamente – as condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como as tendências ao longo do tempo. As variáveis sociais, econômicas e institucionais também são incluídas neste tipo de estudo, já que exercem influências sobre o meio ambiente.
Com base nesses levantamentos, o monitoramento ambiental fornece informações sobre os fatores que influenciam o estado de conservação, preservação, degradação e recuperação ambiental da região estudada. Também subsidia medidas de planejamento, controle, recuperação, preservação e conservação do ambiente em estudo, além de auxiliar na definição de políticas ambientais. O monitoramento ambiental permite, ainda, compreender melhor a relação das ações do homem com o meio ambiente, bem como o resultado da atuação das instituições por meio de planos, programas, projetos, instrumentos legais e financeiros, capazes de manter as condições ideais dos recursos naturais (equilíbrio ecológico) ou recuperar áreas e sistemas específicos. Atuamos no monitoramento dos seguintes compartimentos ambientais: Monitoramento da qualidade do Ar Monitoramento das Águas Superficiais e Subterrâneas Atuamos ainda na: Amostragem de Gases e Vapores Amostragem de Sedimentos Estudos Hidrogeológicos Plano de Controle e Monitoramento Ambiental
Estudos de Intrusão de Vapores: Uma vez contaminados o solo e/ou a água subterrânea, podem ocorrer migrações de vapores que podem levar essas substâncias, na maioria das vezes tóxicas e/ou cancerígenas, a migrar para perto da superfície, onde, podem atravessar rachaduras imperceptíveis em pisos e chegar à superfície, onde respiramos. Por se tratarem de concentrações muito baixas, pode não haver percepção de odor, mas a exposição a longo prazo, pode levar a sérios danos à saúde.
Os trabalhos relacionados à intrusão de vapores podem ter diversos objetivos que variam desde o entendimento da dinâmica dessa migração, até a capacidade de acúmulo em subsuperfície e determinação de locais preferenciais, além de medições em ar ambiente para avaliação da exposição dos receptores envolvidos. Comummente usamos dois tipos de investigação: Investigações passivas: que auxiliam na avaliação inicial de uma área, possibilitando muitas vezes determinar a localização das fontes de contaminação por substâncias voláteis e/ou possíveis caminhamentos preferenciais. Constituem-se em uma ferramenta importante na tomada de decisão acerca de onde focar a investigação e futuras ações de remediação. Investigações ativas: que compreendem medidores portáteis de resposta rápida ou utilização de métodos de amostragem com análise laboratorial, que permitem saber a concentração das substâncias em determinado ponto com maior precisão. Atualmente contamos com os seguintes métodos de análises: – TO 14A : que utiliza tedlar bags e canisters para amostragem. Análise por cromatografia gasosa; – TO 15A : que utiliza canisters para amostragem. Análise por espectometria de massa (GC/MS); e – TO 17A : que utiliza tubitos com materiais absorventes (resinas).